A secretária de Cultura de Pernambuco, Cacau de Paula, destacou a importância do Festival de Cinema de Triunfo como uma política pública capaz de formar, inspirar e fortalecer a identidade cultural da região, especialmente entre os jovens.
O segundo dia da 16ª edição do Festival de Cinema de Triunfo foi marcado pela realização da Mostra “Realizadores do Futuro”, que colocou em evidência produções audiovisuais desenvolvidas por estudantes da Escola de Referência em Ensino Médio Alfredo de Carvalho (EREM). A sessão destacou o cinema como instrumento de formação, pertencimento e valorização das identidades culturais, além de anunciar a concessão de uma bolsa integral em uma instituição de referência cinematográfica.
A secretária de Cultura de Pernambuco, Cacau de Paula, destacou a importância do Festival de Cinema de Triunfo como uma política pública capaz de formar, inspirar e fortalecer a identidade cultural da região, especialmente entre os jovens.
“O Festival de Cinema de Triunfo é uma política pública estruturante. Está aqui na região há 16 anos. Então, as sementes que foram plantadas por meio desse festival, e que permanecem na cidade através do audiovisual, passam por cada um de vocês. A gente sente uma honra muito grande de poder deixar essas sementinhas aqui. Vocês são o futuro de Triunfo, do Sertão, de Pernambuco, do Brasil. E poder ver vocês tão empolgados com um projeto como esse, reconhecendo e valorizando as histórias, adaptando clássicos para a realidade de vocês, é algo fantástico”, falou após a primeira exibição do dia.
Um dos momentos mais simbólicos da programação foi a sessão “Realizadores do Futuro”, realizada às 13h30. A mostra especial destacou o impacto das políticas públicas culturais quando articuladas à educação e à juventude, evidenciando o audiovisual como instrumento pedagógico e de transformação social. Os filmes exibidos foram produzidos por estudantes da Escola de Referência em Ensino Médio Alfredo de Carvalho (EREM).
As obras dialogam com clássicos da literatura brasileira e mundial, além de lendas urbanas do município, a exemplo de Natália do Espírito Santo, A Moreninha, Dom Quixote, Senhora e O Auto da Compadecida. As narrativas foram recriadas a partir de referências locais, da oralidade, do humor e da vivência sertaneja, sob um olhar sensível e contemporâneo da juventude triunfense.
“Posso afirmar que é extremamente gratificante. Lembro da minha infância, quando participei de vários projetos nos quais atuava, e tudo parecia mágico. Naquela época, nossas referências vinham quase sempre de Hollywood, algo que parecia distante da nossa realidade. Hoje, ver que o governo e as escolas estão trazendo essas oportunidades para nós, estudantes, mostra que estamos dando um passo muito importante, não apenas na educação, mas também no desenvolvimento cultural da nossa geração”, destacou Jesus Cabral, um dos alunos que participaram da oficina realizada na EREM Alfredo de Carvalho.
Além das exibições, como parte da iniciativa do festival, em parceria com o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Cultura (Secult), também foi anunciada a concessão de uma bolsa integral da Academia Internacional de Cinema (AIC), instituição de referência na área cinematográfica, para a aluna Gabrielly Gusmão, estudante da EREM, que realizará o curso na modalidade online.