Para celebrar a data, um evento comemorativo será realizado nesta quinta-feira (19/12)
Inaugurada em 1994, a Central de Transplantes de Pernambuco (CT-PE) completa 30 anos, mantendo-se como uma unidade essencial para quem precisa de um órgão ou tecido no Estado de Pernambuco. Para celebrar a data, um evento comemorativo será realizado nesta quinta-feira (19/12), na sede do Conselho Regional de Medicina do Estado de Pernambuco (Cremepe), às 19h. Na programação, será apresentada uma retrospectiva dos 30 anos do CT-PE, as expectativas para o futuro e a entrega de placas de agradecimento a pessoas que contribuíram de forma positiva para a história da unidade.
De janeiro a novembro de 2024, Pernambuco contabilizou um aumento de aproximadamente 10% no quantitativo de transplantes realizados, em relação ao mesmo período de 2023. Segundo o levantamento da Central, em 2024 foram realizados 1.548 procedimentos e no ano anterior 1.408 transplantes.
“A Central de Transplante de Pernambuco atua 24 horas, regulando a lista dos receptores de órgãos e tecidos na lista de transplantes, recebe notificações de potenciais doadores com diagnóstico de morte encefálica e articula a logística que torna a cirurgia de transplante possível’, detalhou o coordenador da Central de Transplantes do Estado, André Bezerra
Em setembro deste ano, a governadora Raquel Lyra, em celebração ao Dia Nacional do Doador de Órgãos, comemorado no dia 27 do mesmo mês, destinou três novos automóveis para compor a frota de veículos da Central de Transplantes. O objetivo foi fortalecer o sistema estadual de transplantes de órgãos e tecidos.
O Estado possui nove instituições credenciadas para a realização de transplantes de órgãos, sendo elas: o Pronto-Socorro Cardiológico Universitário de Pernambuco (Procape), o Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), o Hospital das Clínicas (HC), o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), o Real Hospital Português (RHP), o Hospital Santa Joana, o Hospital da Unimed, o Memorial São José e o Hospital Jayme da Fonte. Para o transplante de tecidos (córneas), Pernambuco conta com outros 13 estabelecimentos aptos, entre clínicas e hospitais.
A secretária estadual de Saúde, Zilda Cavalcanti, reforça a importância da doação de órgãos. “A Central de Transplantes é uma importante unidade que lida com a esperança de trazer vida a quem está precisando de um órgão e por isso é tão necessário celebrar esta data. Transplante é a única condição em que a morte toma dimensão de vida. Você que é doador, avise aos seus familiares. Só tem transplante se tiver doação”, disse.
Quem Pode Doar – Existem dois tipos de doadores: o doador vivo, que é uma pessoa maior de idade, juridicamente capaz, saudável e que concorde com a doação, desde que o procedimento não prejudique sua própria saúde, e o doador falecido, que é qualquer pessoa com diagnóstico de morte encefálica, geralmente causada por traumatismo craniano, AVC (derrame cerebral), anóxia, entre outros, ou com morte por parada cardiorrespiratória (parada cardíaca). O doador falecido pode doar órgãos, como rins, coração, pulmão, pâncreas, fígado e intestino, além de tecidos, como córneas, válvulas, ossos, músculos, tendões, pele, cartilagem, medula óssea, sangue do cordão umbilical, veias e artérias.