Coluna Semanal!
Iniciamos a Semana da Pátria acompanhados pela campanha de conscientização e prevenção do suicídio, conhecida como Setembro Amarelo. Iniciado em 2015, esse movimento busca chamar a atenção para a importância de falar abertamente sobre saúde mental e oferecer apoio a quem está enfrentando momentos difíceis.
Afetando pessoas de todas as idades, gêneros e classes sociais, a combinação de fatores como depressão, ansiedade, traumas e falta de suporte emocional pode nos levar a momentos em que a solução que a mente sugere é o fim de tudo. Aqueles que não são assombrados por esses pensamentos podem rebater rapidamente, alegando frescura, falta de Deus ou de propósito na vida.
Mas, nos últimos anos, aprendi que só quem passa sabe como é. A coisa mais fácil na vida é emitir opiniões e juízos de valor sobre a vida alheia, especialmente quando o problema do outro não se assemelha ao nosso. Muitos já vislumbram 2025, esquecendo-se das crises de depressão e ansiedade vivenciadas durante o período pandêmico, mas, ao esquecer nossa história, acabamos perdendo nossa identidade.
O sucesso vendido pela incubadora de imbecis que chamamos de redes sociais muitas vezes nos leva a conviver com questões de saúde mental, onde a busca por ajuda é travada pela ânsia de sucesso e realização, que se concretiza com a coroação do vazio, assentado em um trono de pó chamado influência.
Setembro é amarelo, mas precisa ser acompanhado pelo verde da esperança, da busca por ajuda e esse apoio pode vir pelas campanhas de informação, rodas de conversa, palestras e até mesmo a iluminação de monumentos com a cor amarela, como formas de lembrar à sociedade que a vida é o bem mais precioso que temos.
Ouvir sem julgar, oferecer apoio e incentivar a busca por ajuda profissional são atitudes que podem salvar vidas. Por trás de um sorriso, nunca sabemos o que realmente passa na cabeça do outro, ou até mesmo na nossa, mas precisamos lembrar que, enquanto há vida, há esperança.
Com exceção do motorista, tudo o resto em nossa vida é passageiro. Brincadeiras à parte, na transitoriedade da vida, é importante entender que, por mais desafiador que seja lidar com nossos problemas, precisamos sempre mudar nossa ótica, vislumbrando oportunidades de crescimento e aprendizado.
Às vezes, a solução para o que nos aflige está em uma nova perspectiva, em um caminho que ainda não exploramos, ou em uma mão estendida que ainda não tivemos coragem de aceitar. A vida é um constante movimento, uma jornada onde tudo passa, até os momentos mais difíceis.
Tudo passa, até a uva passa. E nada melhor do que um sorriso para enfrentarmos os desafios que a vida nos propõe. Que possamos crescer como pessoas, ajudando, sempre que possível, nossos pares a superarem seus desafios e dilemas.
Mesmo nos dias mais sombrios, precisamos acreditar que a mudança é possível e que a dor é temporária. Assim como as nuvens se dissipam e o sol volta a brilhar, nossas dificuldades também podem ser superadas, desde que mantenhamos a esperança e a disposição para enxergar além do que está à nossa frente.