Em Salgueiro, SES-PE realiza III Encontro de Saúde Quilombola de Pernambuco
Durante os dois dias de evento estão sendo realizadas palestras sobre “Vozes Quilombolas e Compromisso Institucional”, sobre a “Saúde Quilombola em Pernambuco”, entre outros temas e oficinas participativas.
Nesta sexta-feira (05/12) e sábado (06/12), a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE), por meio da coordenação de Atenção à Saúde dos Povos e Comunidades Tradicionais, realiza o III Encontro de Saúde Quilombola de Pernambuco, no Hotel imperador, em Salgueiro. O evento tem como objetivo fortalecer a política de equidade em saúde, promover a escuta das lideranças quilombolas e construir estratégias conjuntas para garantir o acesso integral, humanizado e respeitoso aos serviços do SUS, com ênfase na vigilância em saúde e na identificação de vulnerabilidades que impactam esses territórios.
Durante os dois dias de evento estão sendo realizadas palestras sobre “Vozes Quilombolas e Compromisso Institucional”, sobre a “Saúde Quilombola em Pernambuco”, entre outros temas e oficinas participativas.
“O Encontro de Saúde Quilombola é um marco para Pernambuco. Ele reafirma que o cuidado em saúde precisa reconhecer territórios, histórias e modos de vida específicos. Ao reunir lideranças, profissionais e comunidades, o Estado assume publicamente que a saúde quilombola é prioridade e que o combate ao racismo institucional é inegociável. Este evento fortalece o SUS com diálogo, escuta e compromisso, construindo políticas que respeitam a ancestralidade e garantem vida digna. É um passo concreto em direção à equidade e à reparação histórica”, disse a coordenadora de Atenção a Saúde dos Povos e Comunidades Tradicionais, Ana Carolina Freire.
O diretor geral de Vigilância Ambiental da SES-PE, Eduardo Bezerra, ressaltou a importância desses povos. “Essas comunidades preservam o ambiente e trabalham questões agrárias de forma ecologicamente viável. Precisamos conferir saúde a povos que vivem em regiões distantes, com necessidades próprias, valores, crenças e formas únicas de viver coletivamente. Discutir isso é fundamental, ainda mais no Sertão, porque descentraliza o debate da Região Metropolitana do Recife e leva as reflexões e ações para onde elas acontecem”, afirmou.
