Pernambuco passa a contar com a primeira empresa de radiofármacos

A empresa R2IBF, instalada na cidade de Vitória de Santo Antão.

Pacientes atendidos em serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) terão, a partir de agora, mais agilidade no diagnóstico de doenças oncológicas por meio do exame Pet Scan, uma vez que o medicamento utilizado, chamado de radiofármaco, passa a ser produzido em Pernambuco. Nesta quinta-feira (21.09), a empresa R2IBF, instalada na cidade de Vitória de Santo Antão, foi inaugurada. O estabelecimento iniciará as operações para produção deste tipo de medicamento no Estado, tornando-se a segunda unidade com esta finalidade em funcionamento no Nordeste.

Administrados por via intravenosa, os medicamentos – que também podem ser utilizados em medicina para radioterapia - auxiliam na identificação desses tumores em qualquer área do corpo do paciente. A diretora geral da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), Karla Baêta, participou da inauguração, representando o Governo do Estado. 

A partir da produção dos medicamentos, pacientes atendidos em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS), em Pernambuco, que realizam o exame de Pet Scan, poderão realizar, de acordo com a prescrição médica, o exame com a presença dos radiofármacos, que até então eram adquiridos pelos serviços de saúde em outras regiões do país.

“Transmito a satisfação do Governo de Pernambuco por ter sido escolhido para sediar a R2IBF, empresa nacionalmente reconhecida na produção de radiofármacos. Na escuta que tem sido realizada pela governadora, junto à população pernambucana, um tema que sempre aparece entre as queixas é a dificuldade no diagnóstico oportuno de várias doenças, incluindo o câncer. No âmbito da saúde pública, o diagnóstico do câncer e de outras doenças cardiológicas e neurológicas pode ser realizado por meio do exame PT-CT (Pet Scan), o que permite tratamento em tempo oportuno e melhor qualidade de vida ao paciente”, destacou a diretora da Apevisa, Karla Baêta.

Para que a R2IBF recebesse autorização para produção, manipulação e dispensação desses medicamentos, fiscais Anvisa realizaram inspeções na linha de produção da empresa e emitiram o Certificado de Boas Práticas de Fabricação (CBPF) - documento expedido pela Agência, atestando que o estabelecimento cumpre procedimentos e práticas estabelecidos em normas específicas. A Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) também participou das visitas de inspeção. Aliada à certificação da Anvisa, a empresa pernambucana também recebeu a autorização da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). 

Com a autorização da empresa em Pernambuco, esta é a segunda unidade em funcionamento na Região Nordeste, que também conta com um serviço no Ceará. Na previsão da empresa está a produção mensal de 1.200 a 1.400 doses de FDG – 18F, medicamento utilizado para diagnóstico por imagem, sendo capaz de detectar tumores. A expectativa é que, ainda, sejam produzidas mensalmente 120 a 150 doses de PSMA, uma glicoproteína transmembrana hiperexpressada no câncer de próstata. 

“A região Nordeste (Pernambuco), com sua rica cultura e povo vibrante, se junta agora a São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul como centro de excelência na produção de radiofármacos. Nossa planta não é apenas uma unidade de produção, mas também um catalisador de progresso para a comunidade local”, frisou o diretor presidente do Grupo R2IBF, Alberto Martins.

Tags:
pernambuco
Author
Thiago Lima

Thiago de Lima Silva, natural de Salgueiro-PE, tem 31 anos. Iniciou no Rádio aos 17 anos de idade.

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