A missão é coordenada pelo vice-reitor da UFPE, o professor Moacyr Araújo.
Pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) iniciaram, esta semana, expedição científica que tem como destino o continente antártico. A missão tem como objetivo relacionar padrões de turbulência e presença de redemoinhos a determinados tipos de fitoplâncton, de modo a elucidar as razões pelas quais a região da Confluência Brasil-Malvinas (CBM), localizada no Oceano Atlântico sudoeste, é considerada uma área de grande diversidade planctônica. A missão é coordenada pelo vice-reitor da UFPE, o professor Moacyr Araújo.
“É uma grande oportunidade de mostrar a qualidade da ciência do mar desenvolvida na UFPE, dos trópicos às altas latitudes”, afirma Moacyr Araújo, coordenador também do Projeto Mephysto. “Nós somos o primeiro projeto do Norte e Nordeste que está sendo coordenado por universidades do Nordeste na Antártica nos 40 anos de existência do Programa Antártico Brasileiro, o Proantar”, completa ele, que é docente do Departamento de Oceanografia (Docean) da UFPE, além de coordenador da Rede Brasileira de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas Globais (Rede Clima).
A atual missão envolve os esforços conjuntos de 11 instituições, sendo sete delas nacionais e quatro estrangeiras – dos Estados Unidos, Japão e Itália. O objetivo é investigar, de forma interdisciplinar, o papel dos processos físico-químicos e biológicos na estruturação do ecossistema planctônico e nos ciclos biogeoquímicos na região da CBM, de modo a testar a hipótese da existência de uma maior diversidade em regiões de encontro de correntes de contorno.
Realizado desde 2019, o Projeto Mephysto já reuniu mais de 60 pesquisadores e docentes de 12 instituições de pesquisa e ensino, nacionais e internacionais. Entre outras atividades, os pesquisadores já realizaram e documentaram coletas de plâncton, microplástico e poluentes, bem como de partículas atmosféricas em 34 estações oceanográficas, com foco na região da Confluência Brasil-Malvinas (CBM), além do Estreito de Drake, situado entre a extremidade sul da América e a Antártica, e da própria Antártica. O projeto tem coordenação da UFPE, junto com a UFBA.