A SES-PE fez a aquisição de 74 mil unidades destas capas pra reservatórios com 200, 500 e 1000 litros de capacidade.
A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) iniciou as atividades visando à sazonalidade das arboviroses de 2026. Historicamente localizada entre meados de fevereiro e final de julho, as condições que geram o aumento de casos Dengue, Zika e Chikungunya nesse período começam a se intensificar entre um e dois meses antes.
Uma das iniciativas começou a ser operacionalizada com o início da distribuição das capas de proteção para reservatórios de água no sentido de prevenir a utilização destes locais para reprodução do Aedes aegypti. A capa se constitui de uma cobertura de uma rede com furos pequenos o suficiente para barrar o mosquito sem prejudicar o contato da água com o ar. Ela conta com um cordão que permite a amarração e fixação sem que ela saia.
A SES-PE fez a aquisição de 74 mil unidades destas capas pra reservatórios com 200, 500 e 1000 litros de capacidade. A aplicação preferencial é em reservatórios sem tampa ou com a cobertura avariada. Nesse primeiro momento, serão atendidas comunidades indígenas e quilombolas pelo fato de se encontrarem mais distantes dos centros urbanos e, por consequência, de estruturas mais complexas de saúde.
Nos dias 4 e 5 de dezembro foram realizadas as entregas destes insumos nos territórios indígenas Truká (Orocó), Atikum (Salgueiro) e Pankararu (Jatobá). Estiveram presentes equipes da Diretoria Geral de Vigilância Ambiental da SES/PE, do Distrito Sanitário Indígena em Pernambuco (DSEI), das VI, VII e VIII Regionais de Saúde e representantes dos municípios de Salgueiro e Orocó.
Foi realizada uma reunião com os profissionais de saúde e a população de cada território para expor a capa e seu uso. Logo após foi realizada a demonstração e a prática da instalação desta. Acompanharam todas as visitas o diretor geral de Vigilância Ambiental de Pernambuco, Eduardo Bezerra, e a coordenadora do DSEI/Pernambuco, Rosália Ramos.
“É de suma importância intervir nas populações mais vulneráveis o quanto antes para que, quando a sazonalidade chegue, os territórios estejam o mais protegido possível. A dengue é prevenida de forma mais efetiva o quanto antes a gente capacite a população e ofereça alternativas a esta prevenção”, afirmou Eduardo Bezerra.
A prevenção é ainda mais necessária uma vez que o estado de Pernambuco ainda vive uma epidemia extra-sazonal de dengue potencializada pela circulação do DENV-III, um sorotipo incomum em território brasileiro. Sua circulação no período de sazonalidade pode aumentar o risco de casos graves e óbitos.