VOCÊ TÁ FAZENDO FALTA OU TÁ SENTINDO FALTA?
Coluna Semanal!
Para os que perceberam, semana passada acabei não conseguindo escrever a coluna semanal. Alguns sentiram falta e me questionaram, outros podem até ter pensado que iriam se livrar de mim, mas estou mais uma vez, compartilhando minhas reflexões e aforismos.
E hoje conversaremos sobre a presença da ausência. Nas ausências que se estão sempre presentes, podemos destacar personagens icônicos como Ayrton Senna, que se orgulhava e nos orgulhava de sermos brasileiros. Filmes e documentários não conseguirão preencher a lacuna deixada por sua partida tão precoce, mas trazem um vislumbre de momentos que ficaram eternizados na história.
Partindo para uma esfera mais intimista, outras pessoas não tão famosas, mas muito mais importantes, fazem falta nos grandes momentos e nos detalhes de cada dia. No topo da sua lista, pode estar um pai, uma mãe, uma avó ou avô, um irmão, até mesmo, um amigo. Uma saudade que nunca mais é suprida, apenas se acomoda como o passar do tempo.
Em níveis diferentes, influenciamos e somos influenciados, mas o que muitas vezes não percebemos é que em alguns momentos, quem tá longe se aproxima, que tá perto se distancia. E nesse estica e solta, reflita sobre quem você encontra quando acorda? Quem é sua companhia no trabalho? Quem está ao seu lado na academia? Com quem, você divide parte do seu tempo todo dia? Quem te faz rir ou pensar? Quem te ajuda a amar e perdoar?
O relato bíblico de Eclesiastes destaca que há tempo para tudo nessa Terra, mas o que não conseguimos controlar, tampouco saber, é, quanto tempo ainda nos resta? Por quanto tempo você ainda ficará no trabalho atual? Ou até quando você vai ter que esperar por aquela oportunidade tão aguardada? Quando será a última vez que você encontrará aqueles que ama? Quais serão as últimas palavras ouvidas antes do silêncio final?
Seu legado pode ser positivo ou negativo, e o convite dessa semana, é para que você aproveite as oportunidades que estão adiante, para deixar uma marca positiva por onde passar. Quando olho pra trás, lembro-me de situações que tenho bastante orgulho, outras que me envergonho, mas entre erros e acertos, que tenhamos a certeza que foi o melhor que poderíamos ser ou fazer.
Hoje sentimos falta, amanhã poderemos ser a falta de alguém. Podemos compartilhar presenças, até mesmo ausências, mas no somatório de ausências e presenças, que a saudade seja a presença de alguém, que assim como Senna, pode estar só uma volta a nossa frente.
Tiago Silveira Machado
Professor da Universidade de Pernambuco – Campus Salgueiro
Analista da Economia Local (Salgueiro/PE)
