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Dando continuidade às comemorações pelo centenário de nascimento de dom Francisco Austregésilo de Mesquita (1924-2006), a Diocese de Afogados da Ingazeira (PE), realizou mais uma edição do simpósio “Dom Francisco: Nosso Dom, Nosso Profeta”. O evento aconteceu em parceria com a Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), em São José do Egito (PE), e refletiu o tema “Dom Francisco e sua participação no Concílio Ecumênico Vaticano II”.
A conferência foi conduzida pelo professor da Unicap, Newton Cabral, que destacou a atuação de dom Francisco durante o concílio “como pai, pastor e profeta”. Doutor e mestre em História pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e licenciado em Filosofia pela Unicap, o palestrante também evidenciou a postura ousada no bispo nos debates promovidos pela Santa Sé.
A mesa-redonda contou ainda com a participação do bispo de Afogados da Ingazeira, dom Limacêdo Antonio, e do também professor doutor da Unicap, Drance Elias. Além de padres e seminaristas, o simpósio reuniu agentes de pastoral, representantes de movimentos, catequizandos e autoridades dos poderes Executivo e Judiciário.
As novas mesas serão realizadas no municípios pernambucanos de Tabira, no próximo mês, e de Serra Talhada, em outubro.
Dom Francisco nasceu em Reriutaba, Ceará, em 3 de abril de 1924. Filho de Francisco Austregésilo de Mesquita e Maria Clausídia Macedo de Mesquita.
Sua ordenação presbiterial ocorreu no dia 8 de dezembro de 1951, em Sobral (CE). Foi nomeado bispo em 25 de maio de 1961 e se ordenou em 24 de agosto do mesmo ano na cidade cearense, tendo como lema episcopal “Ut Vitam Habeant” (Para que tenham vida).
Segundo bispo de Afogados da Ingazeira, chegou ao município pernambucano no dia 17 de setembro de 1961, sucedendo dom João Mota. Foi bispo conciliar do Vaticano II (1962-1965). Responsável pelo Setor da Pastoral Rural e secretário do Regional Nordeste 2 da CNBB. Dom Francisco também foi produtor e apresentador do programa “A Nossa Palavra”, na Rádio Pajeú.
Durante os quarenta anos de seu bispado, dom Francisco se notabilizou por seu empenho pelo desenvolvimento humanitário no Sertão do Pajeú, mobilizou a sociedade e as lideranças políticas em favor da implantação da energia elétrica; promoveu a instalação da agência do Banco do Brasil e a criação da Faculdade de Formação de Professores de Afogados da Ingazeira.
Dom Francisco morreu em 2006, aos 82 anos, no Recife. Seus restos mortais estão sepultados na Catedral do Senhor Bom Jesus dos Remédios, em Afogados da Ingazeira.