Forró é reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil pelo Iphan

Decisão aconteceu nesta quinta (09), por unanimidade

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) decidiu, nesta quinta-feira (09), reconhecer o Forró como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. A decisão se deu por unanimidade, em reunião extraordinária do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Iphan nacional, o qual também considerou a expressão musical como supergênero. De acordo com o instituto, o forró é considerado um supergênero por agrupar ritmos e expressões musicais como o baião, o xote, o xaxado, o chamego, o miudinho, a quadrilha e o arrasta-pé.

O reconhecimento do Forró como patrimônio imaterial do Brasil ocorre a apenas quatro dias do Dia do Forró, celebrado anualmente no dia 13 de dezembro. A data foi escolhida em razão do nascimento de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, em 13 de dezembro de 1912, maior expoente do supergênero brasileiro.

“Estamos muito felizes com a decisão do Iphan porque o Forró é um patrimônio imenso e que agrega práticas culturais sobre sua forma de comunicar, vestir, alimentar, festejar, tocar, dançar e se relacionar, num conjunto de saberes e fazeres culturais”, destaca Marcelo Canuto, presidente da Fundarpe. Vale destacar que a Assembleia Legislativa de Pernambuco também solicitou o registro do Forró no âmbito estadual Com o registro nacional, o Forró será automaticamente reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial de Pernambuco.

Em 2019, o Iphan iniciou uma pesquisa nos nove estados do Nordeste, além do Distrito Federal, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo para entender e identificar como se expressa o supergênero musical. Em seguida, também houve pesquisa nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, com a identificação de festivais sobre a expressão musical.

De acordo com a relatora do processo no conselho do Iphan, Maria Cecília Londres Fonseca, “a pesquisa aponta que a primeira menção à palavra forró foi localizada em um jornal amazonense de 1914, referiu-se a seringueiros cearenses possivelmente em suas atividades festivas”. Ainda segundo a relatora, a pesquisa também identificou que o mais provável é que a palavra forró venha do termo forrobodó. O termo já era utilizado em dicionários desde o fim do século XIX como atendendo a práticas pejorativas.

Fonte: SECULT

Author
Thiago Lima

Thiago de Lima Silva, natural de Salgueiro-PE, tem 31 anos. Iniciou no Rádio aos 17 anos de idade.

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