Aproximadamente 130 pessoas são tratadas no Instituição
A fibrose cística é uma doença genética, transmitida tanto pelo pai quanto pela mãe, que altera principalmente o mecanismo que controla a água e o sal de alguns sistemas do nosso organismo: respiratório, digestivo e também as glândulas de suor. No Brasil, um a cada sete mil bebês nascidos vivos pode ter fibrose cística. O IMIP e a Associação Pernambucana de Amparo aos Fibrocísticos (APAF) vão promover ações para marcar o Dia Nacional de Conscientização e Divulgação da Fibrose Cística.
Os pacientes diagnosticados com o problema aqui em Pernambuco são direcionados ao IMIP, o único centro de referência no estado no tratamento da fibrose cística. O Professor Fernando Figueira, fundador do IMIP, foi primeiro médico a diagnosticar a doença em paciente vivo no Brasil, em 1959.
Aproximadamente 130 pessoas são tratadas no Instituição. “É importante lembrar que quanto mais cedo a gente faz o diagnóstico, mais chances de uma boa qualidade de vida o paciente tem. Essa doença é diagnosticada por meio do teste do pezinho”, explica a pneumologista pediátrica, Patrícia Bezerra.
A especialista aponta quais problemas o paciente desenvolve por conta da fibrose. “Como essa é uma doença que dificulta a absorção dos alimentos, o primeiro ponto é oferecer uma boa nutrição, acompanhada das enzimas para fazer a digestão dos alimentos. Outra característica da doença é a infecção respiratória, pois o catarro é muito espesso em pacientes com fibrose. Então, isso tem um impacto na vida da criança e do adulto porque causa tosse crônica e falta de ar. Para minimizar, eles precisam de um acompanhamento especializado e receber medicações e fisioterapia regular”, disse.
A fibrose cística é mais comum em pessoas brancas. Por já terem um organismo com debilidade no trato respiratório, estes pacientes precisam redobrar os cuidados neste momento de pandemia da Covid-19.