Thiago Lima conta como chegou ao rádio
O rádio sempre me encantou, mas ser radialista só se fosse em sonho. Minha trajetória começou no curso de locução da EMCF Comunicação, não pensava que a partir dali Deus fosse me mostrar meu dom para o comunicar. Lembro-me que minha voz com meus 17 anos não era das melhores, até riam dela quando eu falava, mas não importava, pois ouvi algo que mexeu comigo: "Para ser locutor não é preciso somente ter uma bela voz, é necessário ter conteúdo."
Como a voz não era lá essas coisas acreditei que estudando poderia ter conteúdo para falar no rádio. Assim, destaquei-me na área esportiva e logo foi percebido o meu talento para esse assunto. Logo terminou o curso, Claudinei Santos, que foi meu professor me convidou para fazer um estágio na Rádio Panorama FM de Custódia. Na época tinha 17 anos e nunca tinha saído de casa, mesmo assim meus pais permitiram minha ida. Lá tive a alegria de contar com o apoio do Fernando Alves, diretor da emissora e Borges, que além de um excelente profissional pôde me dá muitas aulas sobre locução e produção.
Por lá, passei pouco mais de 3 meses à frente da resenha esportiva. Logo após, regressei para casa e fiquei fora do rádio por poucas semanas. Pensava que nunca mais na vida iria falar ao microfone e poder viver um sonho. Em um determinado dia chega o Claudinei na minha casa no sítio me convidando para fazer reportagem numa partida amistosa do Salgueiro, claro que vim com muito entusiasmo. Depois disso passei a integrar a equipe esportiva da Talismã FM.
Foi outro grande desafio, pois morava no sítio e para vir participar da resenha pegava carona, mas na maioria das vezes ia a pé até a BR para conseguir um meio de transporte, e olhe que só falava no máximo de 3 a 5 minutos na resenha. A ajuda de custo que recebia só dava para pagar às passagens, mesmo assim eu continuava a acreditar. Quem acredita também cansa e teve uma época que pensei em desistir, ouvia muitas críticas que estava perdendo tempo, que rádio não dava dinheiro e o pior na época Salgueiro estava no auge de empregos com a Transposição do Rio São Francisco e a Transnordestiva, inclusive meus amigos contemporâneos a maioria estava com emprego e eu apenas engatinhando. Até fiz um currículo e fui deixar em uma dessas empresas, mas nunca fui chamado graças a Deus.
Quando comecei a me destacar no esporte da Talismã comandando o plantão esportivo recebi o convite de Ailton Souza, proprietário da rádio, para apresentar um programa aos domingos. Quando recebi a ligação dele querendo falar comigo me encheu de alegria. Comecei a apresentar o programa e logo ele esse tornou um sucesso de audiência, a partir daquele momento às manhãs de domingo não eram as mesmas sem o Super Sequência. Digo que ali foi um degrau para chegar em um programa semanal. Surgiu-me a oportunidade de apresentar o programa de Forró da emissora durante as férias de um colega. Dei o meu melhor, assim como sempre fiz e em um estalar de dedos passou um mês a frente do programa e para minha surpresa outro profissional saiu em férias e fiquei mais um mês a frente da atração.
Após esses dois meses recebi a melhor notícia para um profissional: VOCÊ ESTÁ CONTRATADO! Que momento especial o menino lá do Sítio Miguel sonhador conquistando seu espaço. Na Talismã FM, passei quase 5 anos, na qual sou grato a emissora e aos amigos que fiz por lá. Em meados de 2014 recebi o convite para ajudar a Rádio Asa Branca AM. Ailton Souza me deu proposta, que me cederia para ir apresentar um programa na emissora católica. Fiquei pensativo sobre a questão, mas quando recebi uma ligação de Dom Magnus Henrique reforçando o convite, aquilo mexeu comigo e aceitei o desafio. A Rádio Asa Branca AM estava numa situação delicada e já fui sabendo. Uma curiosidade é que passei a apresentar programas no rádio em AM e FM e além disso passava 7 horas por dia no AR. Das 11h às 13 na Asa Branca AM e das 14 às 19h na Talismã FM, sem falar na Faculdade à noite. Era coisa para doido. Em 2015, recebi o convite para ficar na Asa Branca AM, que tinha a expectativa de migrar para FM, isso só aconteceu em dezembro de 2019.
Quando resolvi ir para o AM me chamaram de louco, mas sabia que uma hora teria que escolher onde ficar. Na Asa Branca AM levei a alegria do FM para o entretenimento como o programa Estação Asa Branca, logo fui levado para o rádio jornalismo e também voltei a apresentar resenha esportiva. Falando nisso, na Asa Branca AM, narrei até futebol, não sei se fui um bom narrador, pois não treinei fui logo para o jogo valendo. Hoje, estou com dois programas na Asa Branca FM: Café com Notícia e Manhã da Gente. Programas esses que me dedico para levar o melhor, inclusive fazendo várias entrevistas, algo que gosto de fazer e que as pessoas gostam de ouvir. Sou grato a Deus pela missão de evangelizar através da Asa Branca FM levando palavras de alegria e esperança.
