Univasf anuncia criação do Instituto Nacional de Práticas Profissionais Inclusivas e apresenta programa institucional que tem essa perspectiva

Confira!

Oferecer uma formação superior que prepare os profissionais das mais diversas áreas do conhecimento para atuar com humanos que tenham ou não deficiência. Esta é a proposta do Programa Práticas Profissionais Inclusivas (PPI), concebido pelo Núcleo de Acessibilidade e Inclusão (NAI) da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), uma pespectiva inédita no Brasil. O programa foi lançado oficialmente durante o I Seminário Nacional Práticas Profissionais Inclusivas, que aconteceu nos dias 24 e 25 outubro no Cineteatro, no Campus Sede da Univasf, em Petrolina (PE). Durante o evento, também foram anunciadas a criação do Instituto Nacional de Práticas Profissionais Inclusivas na Univasf e o lançamento do primeiro curso EaD de Práticas Profissionais Inclusivas, oferecido com apoio da Secretaria de Educação a Distância (Sead).

O evento contou com a presença do reitor Telio Nobre Leite; da coordenadora do NAI, Karla Daniele Maciel Luz; da senadora Teresa Leitão (PT-PE); da coordenadora Geral de Extensão da Secretaria de Educação Superior  (Sesu) do Ministério da Educação (MEC), Sandra Nogueira; do coordenador Geral de Tecnologia Assistiva da Secretaria de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social (Sedes) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Milton Pereira de Carvalho Filho, que é servidor da Univasf e está cedido ao órgão;  e do vice-prefeito de Lagoa Grande, Olavo Marques. As ações anunciadas no seminário contribuirão para fortalecer a formação superior inclusiva, não só na Univasf, mas em toda a região assim como expandir o conceito do PPI para todo o país.

“Por Práticas Profissionais Inclusivas, entendemos que são todas e quaisquer ações de um profissional, das mais variadas áreas do conhecimento, que compreende, respeita e considera as especificidades das pessoas com deficiência, estando apto para atuar profissionalmente também com esse público”, frisa a coordenadora do NAI. O PPI também tem como objetivo atuar junto à sociedade para garantir a inserção dos egressos com deficiência no mercado de trabalho. Para a professora Karla Daniele, a Lei Brasileira de Inclusão (LBI), principal marco legal da inclusão no Brasil, só irá se efetivar na cena social cotidiana quando a formação profissional, através da graduação, for inclusiva.

Apesar de ter sido lançado durante o evento, o PPI vem sendo gestado na Univasf desde 2015, quando a professora Karla Daniele, do Colegiado de Psicologia, passou a provocar a comunidade acadêmica para refletir sobre inclusão e anticapacitismo de forma pioneira no país. Naquele ano, foi ofertado na Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão (Scientex) o primeiro minicurso intitulado Práticas Profissionais Inclusivas. De lá para cá, muitos projetos, eventos, formações e ações diversas em prol da inclusão de pessoas com deficiência na Universidade foram realizados pela equipe do NAI. Durante a pandemia, em 2021, o Programa PPI foi sistematizado e apresentando por meio de um Webinário.

“O programa é extenso e prevê ainda as seguintes ações: organização da Revista Brasileira Práticas Profissionais Inclusivas, a Pós-Graduação, o Mestrado Profissionalizante, com destaque para a linha de pesquisa para as mães de crianças com deficiência, a Rede Nacional/Internacional de Práticas Profissionais Inclusivas e o licenciamento para instituições públicas ou privadas”, diz a docente.

Neste sentido, a criação do Instituto Brasileiro de Práticas Profissionais Inclusivas terá papel essencial. “O Instituto vai agregar ensino, pesquisa e extensão, a transversalidade, a transdisciplinaridade dos diversos cursos que nós temos, assegurando essa formação e atendendo já a população do Vale do São Francisco nessa perspectiva”, antecipa Karla.

Enquanto, tudo isso acontece, o NAI realiza o primeiro curso inteiramente na modalidade EAD, por meio da Sead Univasf, para mais de 600 inscritos. Com carga horária de 60 horas, o curso “Práticas Profissionais Inclusivas” está estruturado em sete módulos, com videoaulas teóricas e práticas sobre o conceito social de deficiência, a compreensão da pessoa com deficiência ao longo da história da humanidade e traz a proposta inovadora das Práticas Profissionais Inclusivas.

Ela lembra ainda que, a partir de 2026, o conceito Práticas Profissionais Inclusivas vai integrar o Tesauro dos termos em saúde Latino-americano e americano, o vocabulário DeCS, que é mantido pelo Bireme, um centro especializado da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e da Organização Mundial da Saúde (OMS). “Isso tudo é um grande avanço para a inclusão de pessoas com deficiência na sociedade brasileira”, conclui Karla Daniele.

A solenidade de abertura do I Seminário Nacional Práticas Profissionais Inclusivas está disponível no canal da TV Caatinga no YouTube.

Author
Thiago Lima

Thiago de Lima Silva, natural de Salgueiro-PE, tem 32 anos. Iniciou no Rádio aos 17 anos de idade.

Image
Image
Image
Image
Image
Image
Image
Image
Image
Contador de visitas