O trabalho se baseou em um questionário enviado pelo Tribunal de Contas às secretarias estaduais e aos comandos das polícias Civil e Militar.
O Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE) divulgou os resultados deste ano do Índice de Governança e Gestão em Segurança Pública (IGGSeg), que avalia as ações do governo em quatro áreas: policiamento ostensivo, investigação criminal, estatísticas criminais e plano de segurança pública, e serviços penais.
O estudo, baseado em metodologia do Tribunal de Contas da União, foi feito pelo TCE-PE a partir da aplicação de um questionário com 761 tópicos, respondido pelas secretarias estaduais de Defesa Social e de Administração Penitenciária, e pelos comandos das polícias Civil e Militar.
Na área de policiamento ostensivo, o levantamento registrou 94% de cobertura, acima dos 88% registrados no estudo anterior (2024). No resultado geral, a governança da segurança pública estadual permaneceu estável, com 76%, o mesmo percentual de 2024.
As demais áreas avaliadas apresentaram redução de desempenho. Os serviços penais, que já se encontravam em nível inicial, passaram de 46% (2024) para 40% (2025). Já a investigação criminal, e as estatísticas criminais e plano de segurança pública, ambas classificadas no nível aprimorado, apresentaram estabilidade, com quedas pontuais de 81% para 80%, e de 91% para 90%, respectivamente.
As pontuações do IGGSeg são distribuídas em quatro níveis: insuficiente (menor que 25%), inicial (25% a 49,9%), intermediário (50% a 74,9%) e aprimorado (a partir de 75%). O índice final corresponde à média dos quatro eixos avaliados.
Segundo Bruno Ribeiro, gerente de Fiscalização da Segurança e da Administração Pública do TCE-PE, e coordenador do trabalho, os dados indicam avanços, mas reforçam a necessidade de ampliar investimentos e fortalecer práticas de gestão para aprimorar as políticas públicas do setor.
Com base nos resultados, o Tribunal dará continuidade às fiscalizações nas áreas que apresentaram desempenho abaixo do esperado, com propostas de melhorias em infraestrutura, equipamentos e quadro de pessoal.
O relatório será encaminhado às secretarias responsáveis pela segurança pública e aos comandos das Polícias Civil e Militar.