Pela 1ª vez, TRE e EJE levam Eleitora e Eleitor do Futuro para uma terra indígena

Edição aconteceu no território do povo Xukuru do Ororubá em Pesqueira

Um encontro das tradições indígenas com a cidadania através do voto. Esse pode ser um resumo da edição do Eleitora e Eleitor do Futuro, programa da Escola Judiciária Eleitoral (EJE), do TRE Pernambuco, realizado nesta quinta-feira (15), na aldeia Vila de Cimbres em Pesqueira (Agreste), terra do povo Xukuru do Ororubá. Pela primeira vez desde a sua criação, em 2006, o projeto aconteceu em uma aldeia indígena do estado, na quadra poliesportiva da Escola Estadual Indígena Intermediária Monsenhor Olímpio Torres. E foi uma edição recheada de simbolismo, com rituais sagrados, apresentações musicais, de teatro e de dança pelos estudantes, junto com o trabalho da EJE de conscientizar os estudantes da importância do voto consciente.

“Fiquei impressionado com o nível de politização dos estudantes e da comunidade de uma forma geral. Foi um aprendizado, para nós, sobre o modelo de organização do povo Xukuru do Ororubá e sobre sua cultura. Saímos daqui com a sensação de dever cumprido”, disse o presidente do tribunal, desembargador André Guimarães, que acompanhou esta edição do Eleitora e Eleitor do Futuro junto com a desembargadora eleitoral Virgínia Gondim, diretora da EJE, o desembargador eleitoral Dario Rodrigues, vice-diretor da EJE, e o diretor-geral do TRE-PE, Orson Lemos.

“Essa foi a primeira edição do programa numa comunidade indígena, mas é a primeira de muitas. Pretendemos levá-lo a outros territórios e aldeias indígenas do estado”, afirmou a diretora da EJE/PE, Virgínia Gondim.

O início desta edição do Eleitora e Eleitor do Futuro foi marcado por um ritual sagrado do povo Xukuru do Ororubá, comandado pelo cacique Marcos Xukuru, líder do povo indígena, pela mãe Zenilda, viúva do cacique Chicão, morto na década de 1990 em razão dos conflitos com posseiros no hoje território demarcado pertencente ao povo indígena, e pelo líder Chico, responsável pela gestão da Escola Monsenhor Olímpio Torres. Uma invocação aos antepassados encantados e à força da mãe natureza para guiar os caminhos do evento e dos presentes.

Em seguida, após a fala de boas-vindas do cacique Marcos, os estudantes realizaram apresentações de teatro, dança, encantação de histórias sobre as origens e luta dos Xukurus e poesia, com a participação de alunos e alunas do ensino fundamental ao ensino médio. 

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pernambuco
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Thiago Lima

Thiago de Lima Silva, natural de Salgueiro-PE, tem 31 anos. Iniciou no Rádio aos 17 anos de idade.

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