Projeto “Luz Quilombola – Oficina de Fotografia” evidencia as belezas de comunidades Quilombolas de Pernambuco
Projeto idealizado pelo fotógrafo, artista multimídia e educador social Iezu Kaeru
A partir de uma abordagem fotográfica documental e da linguagem multimídia, o projeto “Luz Quilombola – Oficina de Fotografia” chega à Associação Quilombola do Território de Contendas, em Salgueiro e com incentivo do Funcultura, por meio da Fundarpe, Secretaria Estadual de Cultura e Governo de Pernambuco, o projeto, que realiza a segunda oficina de mais uma temporada, após ser realizado em outras comunidades quilombolas do interior pernambucano: Castainho (Garanhuns) e Conceição das Crioulas (Salgueiro) e recentemente na comunidade Quilombola de Negros do Osso, no município de Pesqueira.
Idealizado pelo fotógrafo, artista multimídia e educador social Iezu Kaeru, o projeto oferece a jovens moradores de comunidades quilombolas oficinas de fotografia que se propõem a introduzir conceito, técnica, história e práticas fotográficas à vivência social nesses territórios étnicos. A oficina ofertada pelo projeto ‘Luz Quilombola’ objetiva vivenciar a poética da construção da imagem, no sentido de construir conhecimento coletivamente, aprofundar a discussão sobre o papel da fotografia em seus meandros éticos e sociais e revelar novos mundos no universo dos jovens, incentivando-os a contarem as suas histórias de vida e das suas comunidades através da fotografia, compartilhando seus olhares na construção de um projeto fotográfico que toma como vias as perspectivas de seus moradores.
A oficina vai desde a construção das “caixas mágicas”, que apresentam as primeiras noções sobre a luz na fotografia, os educandos participam ativamente de todas as etapas, indo da produção do conteúdo em campo, à edição do trabalho e a publicação nas plataformas digitais.
“A materialização dos produtos é de extrema importância, uma vez que, possibilita aos participantes a percepção de serem capazes de realizar, exaltando a potência dessa juventude popular que, muitas vezes, precisa apenas de oportunidade. Eles trabalham questões como a identidade no material feito por eles mesmos e passam a olhar a comunidade não como um lugar de ausência, mas de riqueza, diversidade cultural e beleza única”, ressalta o realizador Iezu Kaeru.
Nesta temporada, o projeto realizou oficinas em Pesqueira, na comunidade Quilombola de Negro do Osso e em Salgueiro, na Associação Quilombola do Território de Contendas. O projeto é uma ação de interiorização de atividades artísticas, que descentraliza os projetos da região metropolitana e valoriza outras regiões do estado, possibilitando o acesso cultural em comunidades mais carentes e nessa edição atendeu cerca de 40 jovens quilombolas, possibilitando a todos além de novas perspectivas e novos horizonte, uma nova forma de ver a vida e suas origens.
