REPENTE SERTANEJO, REFLEXÕES DO SÃO JOÃO

Coluna Semanal

Começo esses versos com o friozin vem se acomodando,

E as bandeirolas dançantes vão no vento balançando.

Tem comidas típicas, que a gente não esquece,

Junto com som de sanfona, que o coração se aquece.

 

Enquanto o fogo no tacho prepara a canjica,

O forrozeiro se alegra, enquanto as pernas se estica.

A sanfona chora, zabumba marca o compasso,

E no forró que começa, o povo corre pro abraço.

 

Como bom nordestino, lá da Bahia eu vim,

Criado na Paraíba, em Pernambuco estou sim.

Costumes que mudam, cada canto sua razão,

Mas o São João é o rei de todo o coração.

 

O São Pedro também é forte, ninguém vai discordar,

Mas é o fole da sanfona que faz o peito pulsar.

Entre o maior e melhor, São João desse mundo,

Briga Campina e Caruaru, num duelo profundo.

 

De fogueira, quadrilha e forró arretado,

Toda cidade celebra com seu encanto danado.

De Salgueiro escrevo, para quem quiser ler.

Entre bytes e likes faço versos nascer.

 

Tecnologia avançada, cultura sempre viva,

No forró e no repente, a tradição se aviva.

Mesmo com a modernidade a nos conectar,

O São João ainda reina, fazendo o povo brincar.

 

Me descobri poeta e também rimador,

Pra completar minha lista, sou também cantador.

Pra terminar me despeço de quem até aqui leu,

Com um abraço apertado, pra quem não se perdeu.

Tags:
poesia saojoao
Author
Professor Tiago Machado

Tiago Silveira Machado, Eng. de Produção Mecânica, com Mestrado em Eng. de Produção e cursando doutorado em Ecologia Humana e Gestão Socioambiental. Trabalhando como Professor da Universidade de Pernambuco - Campus Salgueiro.

Image
Image
Image
Image
Image
Image
Image
Image
Image
Image
Contador de visitas