Além de aulas teóricas, ocorridas na cidade de Floresta, foi realizada vivência de campo na comunidade Pankará Serrote dos Campos, no município de Itacuruba
Entre os dias 9 e 12 de dezembro, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), convidada pelo Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI/PE), realizou uma atualização em Arboviroses para 18 Agentes Indígenas de Saúde (AIS) das etnias do Estado. Pernambuco tem a quarta maior população indígena do Brasil com quase cinquenta mil pessoas. Os territórios são distribuídos pelo Agreste e Sertão do estado.
“São quase 50 mil pessoas aldeadas, distribuídas em quinze povos no Agreste e no Sertão. A arboviroses é um problema que não tem território certo, principalmente pelo Aedes aegypti. Não importa se o local é mais úmido, se o local é mais seco. Onde tem gente, onde tem água parada – de preferência limpa -, você vai ter o Aedes aegypti. Então, a gente ter esse tipo de iniciativa, onde a gente produza a capacitação dos Agentes Indígenas de Saúde, que são as pessoas que trabalham nos territórios é extremamente vital para que a gente consiga ter uma ponte, da política de saúde e prevenção as arboviroses com esses territórios e com os municípios onde esses territórios estão adscritos”, destacou o diretor geral de Vigilância Ambiental da SES-PE, Eduardo Bezerra.
O Aedes aegypti é um mosquito que se encontra em todo território pernambucano não importando se é área urbana ou rural, úmida ou seca. Apesar das arboviroses transmitidas por este inseto serem consideradas urbanas, as mesmas atingem territórios de baixa densidade demográfica da mesma forma.
Até o momento, dos 17 óbitos registrados pelas arboviroses no Estado, dois foram em território indígena. Por conta dessas particularidades, o Plano de Enfrentamento às Arboviroses de 2024 promove estratégias especiais para as populações rurais, municípios pequenos e comunidades tradicionais.
O Distrito Sanitário Especial Indígena de Pernambuco, no sentido de atualizar os AIS mais antigos e formar os recém chegados, convidou a SES-PE, por meio da Diretoria Geral de Vigilância Ambiental da SES/PE à parceria.
A atualização incluiu desde as informações e conceitos básicos das arboviroses, até a alimentação dos sistemas de informação, passando pelo manejo do território e produtos aplicados. Além de aulas teóricas, ocorridas na cidade de Floresta, foi realizada vivência de campo na comunidade Pankará Serrote dos Campos, no município de Itacuruba.