Autarquia participou do painel “Destino Futuro” no REC'n'Play 2025, que reuniu especialistas para discutir o desenvolvimento sustentável do setor na região
O papel da inovação no fortalecimento do turismo nordestino foi tema da mesa “Destino Futuro: como o turismo e a inovação se unem em prol do desenvolvimento do Nordeste”, realizada nesta quinta-feira (16) dentro da programação do REC'n'Play 2025. A Sudene foi representada pelo coordenador-geral de Estudos e Pesquisas, José Farias.
O debate utilizou as experiências do Programa Destino Futuro como referência para discutir de que forma a integração entre tecnologia, sustentabilidade e desenvolvimento econômico pode impulsionar o turismo na região. Com investimento total de R$ 2,8 milhões, o programa estimula a criação de produtos, processos e experiências inovadoras voltadas ao mercado turístico, aproximando poder público, empresas e startups em torno da transformação digital do setor.
Durante sua fala, José Farias destacou a importância de conectar o ecossistema de inovação ao turismo como estratégia para ampliar a participação do Nordeste na economia nacional. “Aproximar o ecossistema de inovação do Nordeste com o turismo é fundamental. Isso é uma oportunidade para elevarmos a participação das atividades econômicas do turismo nordestino no cenário nacional”, afirmou o economista.
Ele ressaltou ainda a necessidade de incentivar novos processos de inovação voltados às dimensões ambiental, financeira e gerencial do setor, com foco na administração dos negócios, na melhoria da infraestrutura e na sustentabilidade das atividades turísticas. Também destacou a formação de recursos humanos e a inclusão digital como fatores essenciais para a modernização do turismo regional.
A coordenadora de Inovação Aberta do Núcleo de Gestão do Porto Digital, Emídia Felipe, observou que o turismo enfrenta o desafio de equilibrar sustentabilidade e viabilidade econômica, tanto para quem já atua no mercado quanto para quem busca apresentar soluções inovadoras. “Esta iniciativa dialoga com o desafio de equilibrar a sustentabilidade de que o turismo precisa — em questões financeiras e ambientais — com as necessidades de negócio de quem já está no mercado e de quem deseja apresentar soluções para as oportunidades que surgem neste cenário”, afirmou.
O diretor de Gestão e Inovação da Embratur, Roberto Gevaerd, reforçou a importância de mobilizar diferentes setores econômicos para fortalecer a cadeia produtiva do turismo. “A gente só consegue manter o turismo como uma atividade forte se melhora a qualidade dele. E só conseguimos fazer isso mobilizando os atores envolvidos não apenas no turismo, mas em outros segmentos associados a esta cadeia econômica”, destacou.
Segundo Gevaerd, políticas públicas voltadas aos profissionais diretamente envolvidos na atividade contribuem para reduzir desigualdades e melhorar a qualidade dos serviços. Ele também lembrou que o turismo é sustentado majoritariamente por pequenos empreendimentos, o que limita a capacidade de investimento em tecnologia e inovação. Além disso, apontou uma mudança no comportamento dos visitantes, que têm buscado experiências mais autênticas e ligadas à cultura local.
O evento contou ainda com a apresentação de startups selecionadas pelo Programa Destino Futuro, que exibiram soluções voltadas à gestão, sustentabilidade e qualificação dos serviços turísticos.