Trabalhadores da construção civil podem parar em PE
Segundo o presidente do Sinticon em Petrolina, Pedro Portugal, a proposta dos empresários patrões é zero de reajuste dentro da campanha salarial 2021, entre outras conquistas que podem estar ameaçadas.
Os empresários da construção civil em Pernambuco não querem dar reajuste aos trabalhadores do segmento. Detalhe: as empresas do setor não pararam durante a pandemia.
A informação foi recebida pela categoria dentro da pauta da campanha salarial do segmento. Os trabalhadores já alertaram que se até a terça-feira, dia 18, se não houver acordo, eles vão parar os canteiros de obras em todo o estado de Pernambuco.
Conforme o presidente do Sinticon Petrolina (Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil), Pedro Portugal, a paralisação dos serviços nos canteiros de obras é o indicativo colocado, se os empresários não recuarem na proposta do não reajuste.
Ele conta que conforme o INCC, o índice que mede o crescimento da construção civil no país, o levantamento girou em torno de 12% e esse percentual é o parâmetro para a negociação salarial deste ano.
Pedro também vai colocar na convenção coletiva atual para que as empresas em Petrolina parem de discriminar a mão de obra feminina que já é uma realidade em outras cidades.
“Eles culpam a pandemia para responder com o não reajuste para um setor que não parou. Se eles têm números, nós também temos. O que não pode é não ter o reajuste quando tudo tem aumentado e a situação do trabalhador assalariado é cada dia mais difícil”.
MULHERES NOS CANTEIROS
“Nossa luta também na convenção deste ano é para que haja mulheres nos canteiros de obras. Aqui em Petrolina elas enfrentam dificuldades, preconceito mesmo, com as empresas se recusando a contratar a mão de obra feminina. Essa outra pauta a gente não vai abrir mão e exigir que se contrate mulheres nos canteiros de obras em nossa cidade”, considerou Pedro Portugal.
Fonte: Tribuna Nordeste
