Coluna Semanal!
Entramos na Semana do Natal com o seguinte paradoxo me foi apresentado por uma das minhas filhas: Se comemoramos o aniversário de Jesus, porque não comemos coxinha de festa, com bolo e refrigerante, invés de fazermos uma ceia com peru e arroz com passas?
Outra curiosidade natalina está relacionada ao fato de que após o nascimento de Jesus, a visita relatada por Mateus, mostra que nem eram três, nem eram reis, os magos/sábios que vieram do oriente para adorar o Menino-Rei.
Nessa história, é interessante como a tradição vai permeando nossa percepção em relação a história, que vai sendo recontada ano após ano, com o intuito de enriquecer esse momento tão importante da história. Por outro lado, por mais que o tempo passe, mesmo nos tempos atuais, parece que Jesus sempre vai estar de túnica, invés de jeans e camiseta.
Bem, a temporada de festividades começou, e os infindáveis reencontros e celebrações mostram que quase todos ficaram com agendas semelhantes a dos executivos, onde a conciliação de tempo, interesses e dinheiro, parece ser uma equação difícil de solucionar.
O primeiro ponto que quero destacar sobre os almoços e jantares desse ano, é que se ainda havia algum lugar que não tinha reajustado os valores de seus serviços, esse lugar não existe mais. Quem tinha subido os preços, subiu um pouco mais, e quem ainda não tinha feito, os acomodou a nova realidade, que encontra-se nas alturas.
E assim como no carnaval, quem tem limite é cartão de crédito, e vamos passando tudo no dinheiro de plástico, como se fossemos receber o 14º e 15º salário ainda em dezembro, já quem em janeiro já teremos uma infinidade de compromissos tributários e escolares.
Mesmo assim, o convite que faço a cada leitor desta coluna, é que diferente do que acontece em relação a mística natalina, que veio sendo construída ao longo dos séculos, que aproveitemos esse período festivo para cuidar de quem cuida de todos.
Assim, como Jesus veio a essa terra, mostrando um exemplo de vida aos seus seguidores, muitas vezes passamos despercebidos em relação as atitudes de cuidado expressas para cada um de nós na rotina diária, e ao nos acostumarmos com o que é bom, acabamos esquecendo de que cuidar de quem cuida de todos.
Que esse Natal seja o início de um novo ciclo virtuoso, onde o amor seja a essência das nossas relações, e mesmo como tantas coisas negativas que são apresentadas pelos infortúnios e notícias da TV, que vejamos a beleza do mundo, abrindo possibilidades para ressignificar nossas celebrações, buscando ver o melhor que a vida nos oferece através dos detalhes de cada atitude.