HAJA CORAÇÃO...

Coluna Semanal!

Para quem não sabe, hoje é comemorado o Dia Mundial do Coração. A preocupação com essa data está relacionada aos problemas cardiovasculares e aos cuidados com a saúde desse órgão que nunca para.

Quando falamos de coração, inevitavelmente, falamos de sentimentos. Sentimentos que também precisam ser monitorados e cuidados quando necessário, o que justifica campanhas como o Setembro Amarelo, voltado à prevenção do suicídio, e o Outubro Rosa, que remete ao cuidado com a saúde da mulher.

E nessa transição do amarelo para o rosa, entramos na reta final das eleições — que, sinceramente, ainda bem que estamos na reta final. No próximo domingo, depois das 20h, muitos estarão comemorando, enquanto outros, os derrotados, estarão lamentando o esforço empregado nos últimos 45 dias.

Mesmo acompanhando os cenários políticos, seus alinhamentos, desavenças e traições, este foi o primeiro ano em que observei mais de perto as posições e implicações políticas de cada lado, localmente. Vi pessoas apresentando 40 motivos para manter o poder, enquanto outros mostravam que apenas 25 razões bastavam para justificar a mudança que a cidade precisa. Também vi algumas bandeiras tremulando 33 vezes, alegando que a cidade precisa de alguém firme como uma rocha.

As eleições buscam celebrar a festa da democracia. Democracia essa que é constantemente ameaçada por atentados contra o Estado Democrático de Direito, seja por bloqueios de redes sociais ou decisões monocráticas que se justificam em nome da defesa dessa tal democracia. Isso contribui para a formação de tiranos travestidos de democratas, que impõem suas vontades enquanto alegam ser defensores do povo brasileiro.

Quantas vezes já ouvi canalhas dizendo: "Quem conhece a minha história sabe..." O problema nunca foram os políticos e ministros, mas a ausência de educação, discutida na semana passada, que embota a mente e impedindo de perceber que a promiscuidade entre os poderes, bem como suas decisões pautadas no fisiologismo, só contribui para o discurso demagógico e para a opressão da população.

Exemplos não faltam, mas pensar dá trabalho, e como quem pensa com a unanimidade não precisa pensar, é mais fácil olhar para o próprio umbigo, escolher sua cor preferida e sair gritando nas ruas, atrás do paredão. Em tempos de "farinha pouca, meu pirão primeiro", quem puxar mais brasas para suas sardinhas, corre o risco de comer peixe queimado.

Aos militantes: eleições se ganham no voto, não com promessas vazias. Aos eleitores: se seu voto tem preço, é porque sua opinião não tem valor. Na semana que vem, trago minhas felicitações aos vencedores, e até lá, haja coração para lidar com tantas denúncias e fuxicos que vão brotar de todos os lados. Feliz será aquele que não tiver de prestar esclarecimentos à Justiça Eleitoral ou ter a Polícia Federal batendo na porta logo cedo.

 

Author
Professor Tiago Machado

Tiago Silveira Machado, Eng. de Produção Mecânica, com Mestrado em Eng. de Produção e cursando doutorado em Ecologia Humana e Gestão Socioambiental. Trabalhando como Professor da Universidade de Pernambuco - Campus Salgueiro.

Image
Image
Image
Image
Image
Image
Image
Image
Image
Image
Contador de visitas