Coluna semanal!
Na última semana, as redes sociais e os principais canais de comunicação estavam em polvorosos, discutindo sobre o fim da escala 6 por 1, vendendo bondade, mostrando virtudes, enquanto pensam nas questões psicológicas dos trabalhadores, dessa escala escravocrata.
Inclusive, no último feriado, muitos não sabem, mas houveram manifestações, pelo fim dessa escala capitalista, só esqueceram de combinar com os trabalhadores (pois, estavam trabalhando), o que pode justificar o esvaziamento das turbas ensandecidas que estavam querendo invadir espaços públicos e privados, para mostrar que tudo é do povo, para o povo e pelo povo.
Ironias deixadas de lado, trago algumas observações, para reflexão sobre essa situação. Você não precisa concordar, mas pode refletir sobre meus argumentos. A primeira questão, é que esqueceram de acertar com quem paga a conta.
Apesar de não ser um jogador de futebol, eu lembro que, quando os colegas do bairro queriam jogar bola, antes de tudo, tinham que arrumar um time para o dono da bola, senão, não tinha jogo. E como o dono da bola, por mais que eu jogasse apenas a primeira partida, o jogo acontecia enquanto eu estivesse disponível para assistir ou esperar a vez para poder jogar. No momento em que decidia voltar pra casa, o jogo acabava.
Fazendo um paralelo com o mercado de trabalho, temos três caminhos: O primeiro é que na hora que o dono da bola, perceber que a empresa não é mais viável financeiramente, ele fecha. Ou ele deixa a empresa funcionando, contrata mais pessoas e ele vai repassar o custo para o cliente final. Eu acredito que ele pode seguir mesmo pelo terceiro caminho, muda o regime de trabalho, contrata todo mundo como Pessoa Jurídica, estabelece metas, e a pessoa começa a trabalhar no regime de 7 por 0. Quem sai perdendo nessas opções?
Por mais que os políticos oportunistas e populistas afirmem que se preocupam com a população, quantos deles afirmaram estar dispostos a diminuir em pelo menos 10% da verba do seu gabinete, para viabilizar os recursos necessários para uma possível adaptação da legislação atual? Qual legislação vai ser alterada, para desonerar a carga tributária, para que mais pessoas sejam contratadas? Quem continua perdendo nesse cenário?
Como o governo do amor, da união e reconstrução, está lidando com essa discussão, para além dos likes e reposts? Infelizmente, temos um cenário tenebroso pela frente, pois ninguém vai fazer nada, para mudar as atuais condições de trabalho. Por outro lado, já pagamos mais de R$ 3 trilhões em impostos até novembro, mas esse aumento não é refletido na melhora dos serviços prestados.
Vivemos em um cenário de pseudodemocracia, onde um lado fala e outro escuta, um lado cobra e outro paga, mas na verdade, as coisas vão continuar como sempre foram, pois, se tivéssemos uma classe política disposta a ver o gigante adormecido acordar, existem diversos métodos e formas de viabilizar o crescimento econômico, mas infelizmente, a nação continuará deitada eternamente em berço esplendido, enquanto vampirizam a energia vital da população, fazendo ela trabalhar 149 dias no ano, só para pagar imposto.
Uma possível solução sustentável para este cenário, seria o surgimento de oportunidades de trabalho, que deem ao trabalhador o direito de escolher qual emprego se adequa melhor ao seu estilo de vida. No momento em que essas oportunidades surgirem, os empregos mal remunerados serão deixados de lado, para que as pessoas possam trabalhar, receber o justo valor e poderem aproveitar suas vidas. Mas quem está disposto abrirá mão desses privilégios, em prol do trabalho alheio?
Entende agora, porque essa escala não vai acabar? Tem muita gente parasitando, enquanto afirma estar cuidando dos pobres e trabalhadores brasileiros. Não acho justo, não concordo, mas infelizmente, é o que tem para hoje. Se você ainda tem dúvidas, pergunte a um autônomo, com é o regime de trabalho dele.
O melhor programa social é o emprego, mas infelizmente, querem que continuemos desorientados nas cortinas de fumaça, acreditando que alguém fará o melhor por nós, quando na verdade, tudo não passa de uma grande ilusão. Quer uma solução? Creio que está na hora de começar a pensar por si, avaliando o que os outros vomitam diariamente sobre você.