Pernambuco tem ao todo 10 casos confirmados para Mpox, em 2024
No último dia 14 de agosto, a Organização Mundial de Saúde (OMS) retomou o status de emergência de saúde pública de importância internacional visto os altos índices de diagnóstico da Mpox em diversos países do mundo. Com um cenário controlado, Pernambuco tem ao todo 10 casos confirmados para Mpox, em 2024. Mesmo diante de números seguros, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) reforça à população a importância da adoção das medidas de prevenção contra a doença.
O Estado não registra circulação da variante do Clado I, que tem causado o aumento de casos, especialmente na República Democrática do Congo. Fora do continente africano, foi confirmada, na Suécia, a primeira infecção com a nova variante. O Ministério da Saúde (MS) instalou um Centro de Operações de Emergência em Saúde para ações de resposta ao Mpox, embora o órgão federal deixe claro para a população que, como Pernambuco, o Brasil apresenta sinal de controle e estabilidade.
O Mpox é um vírus pertencente ao gênero Orthopoxvirus, da família Poxviridae, com manifestação clínica majoritariamente dermatológica. “Além das lesões dermatológicas características, o paciente pode apresentar febre, dor de cabeça, astenia (sensação de fraqueza e falta de energia), como também o aumento de gânglios, tanto na região do pescoço como na região da axila e da virilha”, explica o diretor geral de Vigilância Epidemiológica, Lucas Caheté.
Com relação à transmissão, são necessários cuidados extras para impedir a manifestação do vírus. “A doença possui um período de transmissibilidade determinado até a cicatrização das lesões de pele, pois, enquanto elas estiverem ativas, a transmissão é possível. A forma que você tem de evitar essa transmissão é principalmente o isolamento enquanto estiver com essas lesões e os demais sintomas da doença”, destaca o médico infectologista.
O especialista também aborda os fatores igualmente importantes para transmissão da doença, entre eles o contato por via sexual e respiratória. Para isto, reforça-se a importância do uso de preservativo interno ou externo, do uso de máscara, da lavagem das mãos e do isolamento social em casos de suspeita ou confirmação do diagnóstico. É imprescindível a busca por atendimento nas unidades básicas de saúde e unidades de pronto atendimento (UPAs), caso haja o aparecimento de lesões em órgãos genitais e demais áreas da pele.
“No nosso último informe epidemiológico do Mpox, analisando dados desde 2022, identificamos um perfil de grupo prioritário que é o formado por homens (87,2%), na faixa etária entre 20 e 49 anos (301 casos)”, disse. Em todo o ano 2023, foram diagnosticados 23 casos da doença e, em 2022, foram contabilizados um total de 325 casos de Mpox. De 2022 até a presente data, a redução foi de 96,9% nos números de casos.
Em Pernambuco, o diagnóstico da doença é realizado no Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (Lacen-PE), que analisa as amostras de swab (coleta por meio de esfregaço nas lesões cutâneas ou de mucosas) realizadas em pacientes com o perfil de quadro suspeito.
Quanto à rede de atendimento disponível no estado, todas as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) são capacitadas e responsáveis em realizar os atendimentos e a coleta do exame de Swab dos casos suspeitos de Mpox e, quando necessário, realizar o encaminhamento para serviços de referência, sendo eles: Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), Hospital Correia Picanço (HCP), Hospital das Clínicas (HC), Hospital Agamenon Magalhães (HAM) e Hospital Barão de Lucena (HBL).