SES-PE destaca importância da prevenção contra a coqueluche

Em Pernambuco, até as primeiras semanas de 2025, foi possível observar um aumento no número de notificações de casos suspeitos para a doença.

Doença infecciosa aguda e contagiosa, a coqueluche atinge o sistema respiratório e tem o potencial de comprometer, principalmente, crianças menores de 1 ano de idade. Entre as complicações mais comuns provocadas pela doença estão os quadros de pneumonia, convulsões, parada respiratória, desidratação, e, até mesmo, óbito.

Em Pernambuco, até as primeiras semanas de 2025, foi possível observar um aumento no número de notificações de casos suspeitos para a doença. Avaliando as semanas epidemiológicas 01 a 10/2025 (29/12/2024 a 08/03/2025), foram notificados 88 casos suspeitos para coqueluche, destes, 16 foram confirmados, 8 descartados e 64 permanecem em investigação. Para o mesmo período em 2024, 10 casos foram notificados, dos quais 3 foram confirmados e 7 descartados.

Todos os casos registrados em 2025, até o momento, foram caracterizados como casos leves. Além disso, no Estado, não há registro de internações e óbitos provocados pela doença.

“A coqueluche é uma infecção respiratória que pode causar sintomas como febre, mal estar e indisposição, congestão nasal e uma tosse seca persistente, que pode levar a falta de ar importante e necessidade de atendimento de emergência e, até mesmo, internação hospitalar, principalmente em crianças. Casos da doença vêm aumentando em muitos países, tendo surtos em países da Ásia, Europa e em países próximos, como a Bolívia, em 2024. Esse aumento de casos registrados em outros países sinaliza que a situação é semelhante também aqui no Brasil, que desde 2016 vem apresentando aumentos suscetíveis em razão da queda das coberturas vacinais em menores de um ano, e lacunas no diagnóstico clínico da doença”, detalha o médico infectologista, Lucas Caheté.

A principal forma de prevenção contra a doença é por meio da vacinação indicada para bebês aos 2,4 e 6 meses de vida, com a vacina pentavalente, e doses de reforço aos 15 meses (1º Ref.) e aos 4 anos (2º Ref.), com a vacina tríplice bacteriana infantil (DTP).

“As gestantes também precisam passar pela imunização contra a coqueluche, a partir da 20ª semana, com a tríplice bacteriana acelular – tipo adulto (dTpa). Neste caso, o objetivo é ofertar a imunização passiva, por meio da passagem de anticorpos por via transplacentária da mãe para o feto, contemplando ainda os recém-nascidos, até que eles possam iniciar a sua vacinação. Aquelas mulheres que não foram imunizadas durante a gestação, também podem receber a vacina no período do puerpério (até 45 dias após o parto)” reforça a superintendente de Imunizações, Magda Costa.

Os profissionais de saúde, complementa a superintendente, e aqueles que cuidam de crianças até 4 anos em creches e berçários também estão contemplados. Essas vacinas estão disponibilizadas junto aos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS), na rotina dos serviços de saúde de todo o país. A população precisa procurar os postos de saúde mais próximos de sua residência e realizar a imunização.

Além de manter a caderneta de vacinação em dia, outra forma de proteção é através da adoção de ações individuais e etiqueta respiratória, visto que a transmissão da coqueluche acontece de forma direta, ocorre de pessoa para pessoa, através das gotículas expelidas durante a tosse, espirro ou até mesmo ao falar. O ideal é o distanciamento quando se apresente qualquer sinal de quadro gripal/respiratório, cobrir nariz e boca e espirrar ou tossir, higienização correta das mãos – principalmente ao fazer contato com nariz e boca.

COBERTURA VACINAL – Em relação à cobertura vacinal em Pernambuco, até o último dia 10 de março, o estado registra uma cobertura de 87,3% para vacina pentavalente (<1 ano) e 81,5% de DTP (1º reforço). Os dados para 2º reforço (DTP) estão em atualização e ainda não foram disponibilizados pelo Ministério da Saúde.

“A cobertura ideal preconizada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e Ministério da Saúde é de 95%, e Pernambuco vem aumentando gradativamente esse índice, porém precisamos contar com a consciência da população em atualizar a caderneta vacinal de nossas crianças e assim promover a proteção de um grupo populacional vulnerável”, finalizou Lucas Caheté.

Author
Thiago Lima

Thiago de Lima Silva, natural de Salgueiro-PE, tem 32 anos. Iniciou no Rádio aos 17 anos de idade.

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