Seminário organizado pelo CTP aconteceu na última quinta (04) no auditório do Senac
O Comitê Tecnológico Permanente (CTP) do Crea-PE levou o debate sobre o crescimento sustentável para o interior do Estado. Serra Talhada recebeu, na última quinta-feira (04), o Seminário: Desenvolvimento do Semiárido Pernambucano – Áreas Estratégicas. “Precisamos de autonomia para fazermos escolhas que favoreçam o desenvolvimento de Pernambuco. E essas escolhas passam pela duplicação da BR-232 e da conclusão da ferrovia Transnordestina”, ressaltou o presidente do Crea-PE, Adriano Lucena, na abertura do encontro.
A solenidade de abertura contou com a participação da secretária de Obras de Serra Talhada, Gabriela Pereira, e do diretor-geral da Mútua-PE, Marcelo Tabatinga. Gabriela Pereira afirmou que Serra Talhada não foi escolhida por acaso para receber o semiárido. “Estamos no coração do Sertão e somos reconhecidos nacionalmente em referência à competitividade”, destacou.
Na plateia, profissionais, gestores, acadêmicos, empresários e estudantes contribuíram com o debate, a partir da exposição de especialistas nos eixos de infraestrutura, mobilidade, energias renováveis e formação profissional dos engenheiros, agrônomos e geocientistas.
Especialistas abordam infraestrutura e fronteiras agrícolas
A infraestrutura viária como indutora de novos negócios, investimentos e geração de emprego e renda foi abordada pelos palestrantes da primeira mesa. A secretária executiva de Atração de Investimentos e Estudos Econômicos da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Amanda Aires, chamou a atenção para os benefícios da duplicação da rodovia BR-232 e da conclusão da ferrovia Transnordestina, que, segundo ela, têm um papel estratégico na ligação entre o Sertão, o Agreste e a Região Metropolitana do Recife.
O ex-superintendente da Sudene, Danilo Cabral, conclamou a todos para se unirem em defesa da ferrovia. “A Transnordestina precisa avançar e isso depende em certa parte da pressão e união além da diferença política”, afirmou.
No segundo painel, o debate girou em torno dos desafios das novas fronteiras agrícolas de Pernambuco. O engenheiro agrônomo e conselheiro empresarial Aloisio Sotero falou sobre os desafios dos empreendimentos no Sertão. “As inovações são a ponte para o futuro”, destacou.
O empresário Everaldo Feitosa, da Eólica Energia, abriu a programação da tarde, com uma apresentação, no formato online, sobre as energias renováveis na matriz energética regional. Segundo ele, o controle de fontes de energia molda o desenvolvimento econômico. “O Nordeste é a região com maior participação das energias eólica e solar, mas tem problemas tecnológicos gigantes a serem superados”, ressaltou.
A oferta de escolas e a formação profissional no Semiárido foram abordadas pelo reitor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Alfredo Gomes. “A consolidação dos cursos de Engenharia, Agronomia e Geociências no Semiárido não é apenas uma demanda educacional, mas uma estratégia de desenvolvimento”, afirmou. O reitor destacou os cursos de Engenharia de Energias Renováveis e o de Recursos Hídricos e Meio Ambiente, no Campus Sertânia, que iniciam neste semestre.
“Foi um encontro enriquecedor. Um resumo das nossas potencialidades”, definiu a coordenadora-adjunta do CTP, Fernandha Batista. Segundo ela, o Crea-PE vem incentivando debates para tratar dos problemas e proposições que colaborem para o desenvolvimento sustentável de Pernambuco.