Atividades de conscientização reforçam a importância da prevenção e do cuidado humanizado com bebês prematuros
o Brasil, cerca de 12% dos nascimentos ocorrem antes das 37 semanas de gestação, o que equivale a aproximadamente 300 a 340 mil bebês prematuros por ano, segundo o Ministério da Saúde. Para marcar o Novembro Roxo, mês de conscientização sobre a prematuridade, o Hospital das Clínicas da UFPE, vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), realiza a Semana da Prematuridade 2025, entre os dias 17 e 19 de novembro, na UTI Neonatal do hospital.
A programação contará com oficinas, palestras, piquenique, sessão de fotos e café da manhã, voltadas a gestantes, puérperas, profissionais e acadêmicos da área da saúde. Entre os temas que serão abordados estão método canguru, musicoterapia e manejo da dor.
“O Novembro Roxo é um momento de sensibilização e celebração da vida. Cada bebê prematuro representa uma história de superação, que exige cuidado especializado, carinho e um olhar atento de toda a equipe. Este evento reforça a importância da assistência humanizada e da integração entre profissionais e famílias, promovendo acolhimento, aprendizado e esperança. É um convite para valorizarmos o cuidado em cada detalhe e reconhecermos a força desses pequenos guerreiros e de suas famílias”, destaca a Supervisora de Enfermagem da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica e Neonatal (UTIPN) do HC-UFPE, Maria Gercina Barbosa.
Desafio de saúde pública
Um bebê é considerado prematuro quando nasce antes de completar 37 semanas de gestação. Conforme a idade gestacional, são classificados como extremamente prematuros (menos de 28 semanas), muito prematuros (entre 28 e 31 semanas) e moderados (entre 32 e 36 semanas). Quanto menor a idade gestacional, maior é a complexidade do cuidado.
Entre os principais fatores associados ao parto antes do tempo, destacam-se as infecções maternas, hipertensão na gestação, diabetes gestacional, gemelaridade (gravidez de gêmeos ou múltiplos), malformações fetais e alterações uterinas. Fatores sociais também contribuem para a prematuridade, como início tardio do pré-natal, estresse materno, tabagismo e uso de substâncias ilícitas. No entanto, a causa exata de parto prematuro não é identificada em muitos dos casos.
